A vida veio, de onde ela veio? Pra onde ela vai nos levar? Movimenta e interfere em tudo e em todos. Vidas que destroem e vidas que constroem. Vidas, que carregam segredos milenares passados de geração em geração. Brincam e dançam na chuva, se entorpecem numa correria frenética na busca pelo ouro nos dias atuais e de outrora. Trazem as boas novas, mas também geram guerras sem sentido! Há vidas que criam vidas!E vidas que criam linguagens que alimentam a alma, a música, as artes. Vidas de pessoas puras, anjos que nos aquecem, protegem e nos guiam. Há vidas que matam, que destróem a natureza, que com ódio e rancor nos ferem, nos machucam, e vidas que nos elevam e elevevam a tudo. Vidas que desenvolvem tecnologias. Vidas que nos convidam para conhecermos o que realmente importa! Vidas ultrapassam limites! Evoluem! Desbravam!Nos alegram e nos felicitam! Vida que o tempo consome e que consome o tempo. Constroem e sempre construirão histórias!
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente" (Gênesis 2:7)
Às vezes me sinto meio deslocado diante de tanta mediocridade efêmera dos dias atuais, me sinto como uma criança vivendo o enigma da esfinge na idade do plástico. Muitas vezes penso em deixar todas as metáforas e ironias de lado e mergulhar numa dissertação concreta e direta, mas percebo que não consigo, visto meu texto acima, por mais que eu tente me desvendar, acabo novamente usando figuras de linguagem. Em meu instinto, a dialética sem a pluralidade dos sentidos interpretativos é como um arco-íris monocromático.
Letra original:
O vento vem
De onde ele vem?
Pra onde ele vai me levar?
Assopra as nuvens no céu
Arranca folhas no outono
E me conta segredos do mar no luar
Balança a chuva
Levanta a poeira
Carrega a fumaça
E a dispersa no céu
Desfolha a roseira
E carrega a semente
De dente-de-leão
Me sussurra canções do ar no luar
Vento puro e sopra quente
Carregue a gente por onde for
Derruba casas
Devasta árvores
Sustenta ódio ao nos ferir
Segura as asas das aves no céu
Levanta automóveis do homem
Bate em minha porta pra me chamar no luar
Leva velas pra dentro do oceano
Nos lava a alma na beira da praia
Nos leva um ano
Nos trás um outro
Carrega lembranças dos seres humanos
E sempre irá soprar no luar
Vento puro e sopra quente
Carregue a gente por onde for
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente" (Gênesis 2:7)
Às vezes me sinto meio deslocado diante de tanta mediocridade efêmera dos dias atuais, me sinto como uma criança vivendo o enigma da esfinge na idade do plástico. Muitas vezes penso em deixar todas as metáforas e ironias de lado e mergulhar numa dissertação concreta e direta, mas percebo que não consigo, visto meu texto acima, por mais que eu tente me desvendar, acabo novamente usando figuras de linguagem. Em meu instinto, a dialética sem a pluralidade dos sentidos interpretativos é como um arco-íris monocromático.
Letra original:
O vento vem
De onde ele vem?
Pra onde ele vai me levar?
Assopra as nuvens no céu
Arranca folhas no outono
E me conta segredos do mar no luar
Balança a chuva
Levanta a poeira
Carrega a fumaça
E a dispersa no céu
Desfolha a roseira
E carrega a semente
De dente-de-leão
Me sussurra canções do ar no luar
Vento puro e sopra quente
Carregue a gente por onde for
Derruba casas
Devasta árvores
Sustenta ódio ao nos ferir
Segura as asas das aves no céu
Levanta automóveis do homem
Bate em minha porta pra me chamar no luar
Leva velas pra dentro do oceano
Nos lava a alma na beira da praia
Nos leva um ano
Nos trás um outro
Carrega lembranças dos seres humanos
E sempre irá soprar no luar
Vento puro e sopra quente
Carregue a gente por onde for
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